segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Tenho um s2 maior do que eu, nunca sei minha altura, tenho o tamanho de um sonho. E o sonho escreve a minha vida que às vezes eu risco, rabisco, embolo e jogo debaixo da cama (pra descansar a alma e dormir sossegada). Coragem eu tenho um monte. Mas medo eu tenho poucos. Minha bagunça mora aqui dentro, pensamentos entram e saem, nunca sei aonde fui parar. Perco o rumo, ralo o joelho, bato de frente com a cara na porta: sei aonde quero chegar, mesmo sem saber como. E vou. Sempre me pergunto quanto falta, se está perto, com que letra começa, se vai ter fim, se vai dar certo. Sempre pergunto se você está feliz, se eu estou linda, se eu vou ganhar estrelinha, se eu posso levar pra casa, se eu posso te levar pra mim, se o bife ficou salgado demais. Eu sou assim. Nada de meias-palavras. Já mudei, já aprendi, já fiquei de castigo, mas palavra é igual oração: tem que ser inteira senão perde a força.Sou criança crescida com contas para pagar. Trabalho igual gente grande, fico séria, traço metas. Mas quando chega a hora do recreio, aí vou eu... Faço bico, faço manha, choro quando dói, choro quando não dói. E eu amo. Amo igual criança. Amo com os olhos vidraaados, amo com todas as letras. A-M-O. Amo e invento. Sem restrições. Sem medo. Sem frases cortadas. Sem censura. Sem pudor...
Aiii respiiiiiiiiiiiiiiiira Adrianaaaaaaaaa

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