quarta-feira, 10 de setembro de 2008


Horas existem na vida da gente em que tudo se intensifica, horas estas em que estamos tão frágeis que a mínima coisa, e aquilo que talvez não tivesse importância em outro momento, mas nesse, justamente nesse, ganha uma dimensão descomunal, totalmente fora do normal, e nos deixa completamente tristes... Talvez seja a fragilidade deixada por uma saudade, fragilidade refletida no desejo interrompido, fragilidade sentida no “detalhe” não percebido, fragilidade até egoísta, fora de hora, sei lá... Mas, de toda e qualquer forma, fragilidade... Fragilidade do corpo que desaba, fragilidade da lágrima que rola, fragilidade do pensamento que não consola, fragilidade de algo que não acaba... fragilidade da alma que se esvai, do coração que aos pouco se vai... Fragilidade que deixa sem rumo e nos deixa na contramão, fragilidade que mergulha fundo e nos pega em cheio, bem no meio, dentro, no centro... da nossa solidão...! E o que fazer então? Talvez sentar e esperar, encolher o corpo, recolher a alma, e esperar...

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Esperar que isso tudo passe, que algo mude de novo dentro da gente, esperar que tudo volte a ser verdadeiro, esperar que nada nunca mais seja pela metade, acreditar que dessa vez tudo será por inteiro: alegria, tristeza, que seja, sorriso, lágrimas, dor... mas, sobretudo, e acima de tudo o AMOR... ! AMOR POR INTEIRO, AMOR VERDADEIRO, AMOR DO ÚNICO JEITO QUE PODE SER... AMOR... EU E VOCÊ...! Mas, se o amor existe, por que será que às vezes não basta? Por que assim, de repente,tudo se fecha a nossa frente e nos torna tão frágeis? Onde está o problema? Certamente, não é na falta do sentimento, que sabemos existir, não é pela falta, talvez pelo excesso, excesso de amor, excesso de querer, excesso de sentir... Melhor, então, dar um tempo, e esperar... esperar a calma, esperar a alma, deixar o coração voltar, deixar o corpo, na hora certa, se encontrar, e acontecer de novo em você...! Talvez só baste um gesto, uma única palavra, ou quem sabe apenas um olhar? Ou quem sabe simplesmente tudo aconteça, tudo passe tal qual como veio, e entre as pernas que agora abraço, na fragilidade que me enlaço, me chegue você, sem receio, me pegue pela mão, reavive o coração, e num beijo, entre meus seios e seu peito, apenas o desejo, e o amor feito no toque das mãos...!

*05/09/2008

Dia horrível.

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